Versos sem emancipação

Li-te, como se nada mais tivesse para fazer

Mas, o poema queimava nos meus dedos

Já, os meus olhos vertiam salobras águas

Coisas da emoção, sem qualquer sentido

Ou, talvez, versos sem emancipação

Virei a página, na esperança de não sentir dor

Mas, as palavras eram todo o teu melhor

Já, me esquecera o dom da tua eloquência

Coisas que o tempo resfria sem razão aparente

Ou, apenas, quisesse eu mostrar-me indiferente

Tomei coragem, rasguei o lirismo dos teus versos

Mas, no chão havia sobras de momentos adversos

Já, as partículas sobrevoavam os ventos da desilusão

Coisas que transcendem um simples e humano coração

Ou, talvez, a poesia seja apenas mais uma decepção

No fundo, no fundo…eu sei bem que não!

Fana
Enviado por Fana em 24/09/2010
Código do texto: T2518193
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