EMARANHADO DE TEORIAS

Tem coisas que eu percebo

Mas não posso mais dizer,

Digo nada ao meu silêncio

Afinal silencio por dever

E o que devo não é nada

Além do que devo querer

Minha querência incontrolada

Encontra o que eu devo ser

Ser porém já não é nada

Porque sei que eu não sei,

Sócrates parafraseia minhas palavras

Ou a Sócrates parafraseei...

Mas o que importa, o que é data?

Afinal

O tempo nos comporta certo tempo

E logo após nos amarrota numa terra decomposta

E posta por não se sabe o quê

No final nada importa

Pois a genética incorpora

Talvez até o que nos ouviu dizer...

Dizem que não. Eu digo sim

Pois cá estão estas palavras

Que encravarão na sua inconsciência

Sem você ao menos perceber

Logo,

Terás seus filhos, ou não

Mas o que se nota

É a incompreensão que se compreende ao viver

Pelo menos em tese ou em convicção.

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Extraído do livro: PENSAMENTOS & POESIA, disponível para download na seção e-livros.