TRATADO
No alto da experiência vivida,
por vezes perdemos a sintonia
do real ou irreal
e em nome das lições
procuramos sempre segundas intenções,
então pra que serve a experiência vivida?
Só pra nos confundir?
Penso que sim, penso que não
não penso mais
quero mais é definir;
Então dou meu verbo,
você dá a conjugação;
Dou meu chão,
você finca o alicerce da razão;
Dou meu eu, meu grito, minha voz,
você é poeta, escreva a poesia Nós;
Dou meu sonho inacabado, minha ilusão,
você projeta e burila a emoção;
Dou a nota da minha incerteza,
você me faz refém da melodia da sua certeza;
Dou meu coração apaixonado,
Ame-o assinando esse tratado;
Porém tenho algo a confessar
Amor!
Não estou sabendo te amar,
não tenho melindres ao dizer:
“Ensine-me, por favor...”
ASSINADO:JORGE
SET/06