TRATADO

No alto da experiência vivida,

por vezes perdemos a sintonia

do real ou irreal

e em nome das lições

procuramos sempre segundas intenções,

então pra que serve a experiência vivida?

Só pra nos confundir?

Penso que sim, penso que não

não penso mais

quero mais é definir;

Então dou meu verbo,

você dá a conjugação;

Dou meu chão,

você finca o alicerce da razão;

Dou meu eu, meu grito, minha voz,

você é poeta, escreva a poesia Nós;

Dou meu sonho inacabado, minha ilusão,

você projeta e burila a emoção;

Dou a nota da minha incerteza,

você me faz refém da melodia da sua certeza;

Dou meu coração apaixonado,

Ame-o assinando esse tratado;

Porém tenho algo a confessar

Amor!

Não estou sabendo te amar,

não tenho melindres ao dizer:

“Ensine-me, por favor...”

ASSINADO:JORGE

SET/06

ANDRADE JORGE
Enviado por ANDRADE JORGE em 28/09/2006
Reeditado em 28/09/2006
Código do texto: T251500
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