Perdida em mim, em passos sem fim
percebo as sombras contidas no eco de palavras sentidas
flores de mármore contorcido, na palidez de um sorriso
na ausência do todo absorvido, um abrigo!
Desnudo os medos, cada intensidade do lapso prematuro
dos olhares vagos, nos sons não pronunciados
dos abraços tristes,o vácuo!
E por fim transpiro lágrimas, na asfixia do meu pranto
que sem motivo transborda, me exalta, me deprime, me liberta...
E pouco a pouco as muralhas erguidas com pedras simétricas
das extintas percepções que contradizem o nexo
vão se diluindo entre os mares profundos da consciência
E percebo por fim a minha própria existência...



Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 22/09/2010
Código do texto: T2514145
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