Quietude...
Brinco com a quietude do momento...
O cinza, agora do céu
Não passa de um risco
Avermelhado, como que enfurecido,
O sol se entrega as águas... No horizonte...
No meu momento quieto.
A vida parece renascer... Paradoxo?
Não para quem vive nas sombras...
Vampira de sonhos...
Eclipses de minha alma
Rápido, singelo, atemporã
Por vezes mais que sinto
Posso ver meu sangue correndo
Em sua missão irrigativa
Navegando em minhas artérias
Fazendo-me funcionar
Apelo da natureza
Em resposta do meu fúnebre instante
Persisto em manter-me viva
Meu olhar se ergue aos céus
E minha alma se perdeu brincando displicentemente
Com a quietude desse momento...