Teatro
Por vezes me resguardo
Da arte de produzir sorrisos
Saem tão famintos que me assustam...
Por vezes consigo ser
Simples parte do cenário...
Coadjuvante de minha vida...
Mesmo a frente da fila
Indigna de ser vista
__Auto piedade é piegas demais... ___
Manipulo minhas emoções
Eu ganho força na representação
Então... Sorrisos!
Entronizo a verdadeira razão das lágrimas
Só em meu coração... Sem perdão
Só solidão... E eu
Debruçada nas verdades alheias
A aparente calma me abraça
E vislumbro ao longe meu valor...
Sou digna de aplausos
Logo a tranqüilidade da revelação
Alcança-me
E transmuto meu olhar em bondade
E essa, inunda tudo a minha volta...
Meus olhos brilham com a prata derretida
__Roubando palavras de um livro... __
E um jovem cavalheiro encantado
Sorri-me de volta... Recomeça o teatro!