O Futuro

Saber da Estrada o que nos espera

Dela, em cujas margens pranteiam desistentes

Sorvendo da ilucidez própria o calmante dos ausentes

Não é o ilusório repertório das previsões inconsequentes.

Saber é percorrer-lhe as ignotas veias

Sem cessar inventariando o amanhã

Com o prazer ao mais amar o agir,

Que ao malogro do esperar

Agir, de fato, na sinuosa comparsa de nossos passos - estrada,

Com que o amanhã não espere, se faça.

Não de tolo ou talvez

De fato ! Altivez !

De pronto fundir,

como árvore e raiz,

o presente e o futuro,

tal o rio ao mar se vai unir.

Desde o berço o futuro

No futuro de agora

Que hoje se faça

Ou não haverá, senão a lacuna de se não ter feito.

Que o regaço e o colo,

viagem sem fim, para sempre,

no crescer eterno a balouçar sementes novas,

que nunca se acabem, na infinita estrada de mim.

Felipe Teixeira
Enviado por Felipe Teixeira em 22/09/2010
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