Rosa-dos-Ventos

Do vento Sul minha esperança e sofrimento,

Por sentir o que há muito tinha se perdido,

Minh’alma grita com lamento,

Um amor em meu peito escondido,

Grito suprimido... silencioso,

Inconformado... doloroso,

Gemido de alma que sobrevive,

A distancia que separa com ardência,

Duas vidas que de sonho vive,

Vinho branco, lareira, felicidade, carência...

Mas de dura penas a realidade,

A pagar com versos de sangue e penalidade,

O grito silencioso que só escuta quem sente,

A dor distante da alma que clama veemente,

Por refugio em braços aclamados,

Em um jardim com doces gramados,

O sonho real de um amor indefinido,

Que com definição sente o amor escondido,

A Rosa-dos-Ventos com crueldade,

Separou por maldade,

Duas vidas que se completam como unidade...