É noite e chove, chove, chove
A noite que me freqüenta
Não se dilui nem sob sol a pino
Nem com soda cáustica
Nem com magia
A poesia que me falta
Se me vem é pouca e logo se fatia
Se diminui
Desfigura-se
Fragmenta-se em mim e some
Não tenho nome mais para as coisas
Nem sei chamar o cachorro
Onde estão as pessoas?
Fico com o osso
Em frangalho
De que me interessam sol e flores
Estações diversas
Se me falta alegria
Tudo se encolhe e chove chove chove