É com a vida que erro minha poesia
E com a poesia erro meus sonhos
E com meus versos em sonhos erro a vida
Porque erro meus versos em vida quando sonho
Eu me componho não de vida e sonhos
Mas de meus versos errando minha poesia
É com a estrada que erro meus passos
Meu descompasso de sentir-me tão medonho
Eu me descomponho no que faço
Sonho de vida, em poesia, tão enfadonho
E no fazer-me em versos é que me desfaço
E no desfazer em versos a vida é que sonho
E em versos a vida é o que não canto
Em meu canto sem compasso me esvazio
E vazio de mim a vida é um desencanto
Em versos sem compasso eu desvario
A poesia que erro é um pranto
E o pranto em versos é o que silencio
É com a poesia que erro o dom de amar
E é amando que erro o dom de existir
No que muito canto é que sei calar
Calando o grito é que posso resistir
A todo silêncio em mim que não pode clamar
E a todo o amor que em mim não pode mentir
Mas que se pudesse com certeza mentiria
E se acaso mentisse, seria poesia
Nota:
O último da série “Poemas premiados” (eu não falei que eram poucos?). Classificado em segundo lugar no XVII Concurso de Poesia da Universidade São Judas Tadeu, em 2007. Escrevi quase às vésperas do encerramento das inscrições. Lembro-me que não conseguia pensar no que escrever, as idéias não vinham e eu brigava com a Poesia. Disse: acho que estou errando ao tentar escrever poesia. Daí veio o título e a idéia para todo o poema. É um dos que mais gosto, dentre os que escrevi.
E com a poesia erro meus sonhos
E com meus versos em sonhos erro a vida
Porque erro meus versos em vida quando sonho
Eu me componho não de vida e sonhos
Mas de meus versos errando minha poesia
É com a estrada que erro meus passos
Meu descompasso de sentir-me tão medonho
Eu me descomponho no que faço
Sonho de vida, em poesia, tão enfadonho
E no fazer-me em versos é que me desfaço
E no desfazer em versos a vida é que sonho
E em versos a vida é o que não canto
Em meu canto sem compasso me esvazio
E vazio de mim a vida é um desencanto
Em versos sem compasso eu desvario
A poesia que erro é um pranto
E o pranto em versos é o que silencio
É com a poesia que erro o dom de amar
E é amando que erro o dom de existir
No que muito canto é que sei calar
Calando o grito é que posso resistir
A todo silêncio em mim que não pode clamar
E a todo o amor que em mim não pode mentir
Mas que se pudesse com certeza mentiria
E se acaso mentisse, seria poesia
Nota:
O último da série “Poemas premiados” (eu não falei que eram poucos?). Classificado em segundo lugar no XVII Concurso de Poesia da Universidade São Judas Tadeu, em 2007. Escrevi quase às vésperas do encerramento das inscrições. Lembro-me que não conseguia pensar no que escrever, as idéias não vinham e eu brigava com a Poesia. Disse: acho que estou errando ao tentar escrever poesia. Daí veio o título e a idéia para todo o poema. É um dos que mais gosto, dentre os que escrevi.