MEIA CULPA

É meia-noite em meia noite

Meio copo de sorte

Meio destino o que será de mim?

É meio-dia no sertão

É meio mundo no peito

É quase um dia no cotidiano da ilusão

É meio querer essa vontade inteira

O sonho quase um meio para a dor sem jeito

E o que fazer de mim se nada faço

E quando faço é fim, é quando quero enfim

Não abro os olhos, não abro a boca

Não pratico o beijo, não humilho o medo

Humilhado por mim

E a minha sede esta naquele rio

De pernas e sexos latejando a vergonha

Contida, pulsando feito falo esfolado

Pela raiz na gruta do desejo

BARUC
Enviado por BARUC em 21/09/2010
Código do texto: T2511983
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