Sensação do impossível
Quedo-me em silêncio dolorido
A tal ponto que o escuto... Implacável!
Sofre meu espírito corroído
Pelo desfecho que se faz inevitável
Desvencilhar-se de alguém é vã tortura
Pois não existe este apartar definitivo
Como um castigo, há delírios de loucura
Quando o adeus torna-se imperativo!
Impossível separar almas afins
Que se reconhecem de outras tantas dimensões
Há que se confiar aos querubins
O pranto que assola os corações...
E há de intervir a Eternidade
Consolando e tecendo outros caminhos
Pois nada abala a fidelidade
Entre espíritos unidos em carinhos
Assim, um dia que pertence ao destino
O reencontro é previsto com rigor
Pois que a Lei jamais comete desatino
Em tudo que diz respeito ao amor!
OBS: Esta poesia escrevi no momento em que
me despedia de uma pessoa especial, que fez sua
passagem de modo tão peculiar em minha vida
despedindo-se prematuramente... eu acho.
Priscila de Loureiro Coelho