Adeus
quando cada célula
te empurra pra nenhum lugar
algo onde a solidão
fosse a floresta
sumir sem adeus
sem misérias
sumir sem pretender
qualquer eu lhe amava
fugir por ser fugitivo
sem abrigo
ah o mundo um abrigo
um abraço em cada por do sol
quando cada metáfora
pede uma canção
e sem plateia
mais uma canção
e o violão
conversando baixo
na luz da lua
e ser o silêncio no seu quarto
fugir pelo fato de nascer
fugitivo sempre e pra sempre
e por sempre estar a procura
encontrar algo que não se procurava
e sumir
sempre e pra sempre
eu e você que sou outro eu
dentro desse e daquele
do uniforme listrado
coração listrado
como meu pai assim o fez
fugiu para dentro de tudo
quando cada célula
te empurra
pra dentro do abismo
seja feita a nossa vontade
ser o trovão e a tormenta
ser cada passo
cada curva cada escuridão
simples
como dizer Adeus