SUSPIROS ÍNTIMOS



Na sombra teus olhos resplandecem
minhas retinas tão fatigadas
e nem sempre brilhantes sabes sê-lo.

Ao explorar os rumos de obscuridade
o limite das folhas caídas
de tantas falas camaradas
na audácia de modular sílabas

Ausência assimilada de raízes fundas
toda parte o tempo desmorona
na palma da mão onde se faz o veludo escondido
Milímetros que nos separa entre os quilômetros,
que cabem todos os abismos.

No áspero silêncio que de cama ...agita-se.
avolumam-se em querência, e assim o descem.
Ondas que batem na concha vazia do amor
a procura medrosa de talvez precipitar-te, de vez, nas águas.
Água implícita e a sede infinita
a que me conduziu as flores da paixão

Ilusão de minutos em que não precisas mais de mim
intimo suspiro de seres separados e afins
Onde você se vai, e falta-nos o sim
na espera que quem sabe... não haja um fim...
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 19/09/2010
Código do texto: T2507782
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