Exorcismo
Exorcismo
Sandra Ravanini
Desobrigar-te; juras vociferando o pessimismo
imposto, mais outras façanhas um quanto humilhantes,
aos tocaiados rostos contraídos, oh! traídos protestantes,
engolindo as ofensas praguejadas nesse exorcismo.
Livrar-te; favores penhorados ao são iluminismo
daquela profetisa sem votos, coroando os louvores
sacrificiais, gritando os eus e os ais, oh! d’eus, os lavores
são ritos assombrando os milagres desse ilusionismo.
Ilibar-te; renascida promessa, a escrava textura
abrigando as falsas mesmices, tumores de confissões
sem curas, incriminando as entediadas e fracas mãos,
afagando a ferida, oh! d’eus, engolindo a voz impura.
Imerecer-te; vingança ofegando o vil julgamento,
oh! eu importunado, coroando tamanhos sacrifícios,
ferindo aquelas mesmas mãos que abrigaram os seus vícios,
e a voz impura à escrava exorcizando os seus juramentos.
29/05/2009