De um querer abstrato
Livre do tempo e de suas afiadas esporas,
desprendo-me dos apegos desnecessários
e invoco os sonhos impossíveis
para abrir os portais do mundo
e a dentrar o esquecimento.
O irreal é o que tenho de verdadeiro,
as semelhanças não revelam ocasiões.
Devolvo o que me foi emprestado,
na dimensão de uma distância equilibrada
e perco-me de vez no pensamento.