Era uma vez um planeta chamado terra...

Um dia o planeta foi azul

Agora pardo...

No parvo povo que abrigou.

Teve ele, límpidas cascatas

Na cristalina água que jorrava.

Hoje o lodo se esparrama

No engodo de cada cidadão.

Verdes matas de coloridas flores

Transformadas na fumaça

De inalantes odores.

Matizes do céu... Na penumbra ficou

No opaco cinza que restou.

Lua? Estrelas? Quasares?

Engolidos pelos olhos cegos

De uma multidão de aflitos

Que tateia a esperança na maldição

Que foi gerada a longo prazo

Pela filáucia de mentes ignaras.

A luz ocre nada revela

A não ser o negro luto...

De quem se dissolve na radiação.

A geração vindoura

Não terá mais que sonhos azuis

E, ouvirá lendas sobre um planeta

Que um dia foi um sonho...