FUJO
Delineando tua sobrancelha
Desço num olhar qualquer
E tropeço a digital num fio de cílio.
E caindo...
Vou para onde tudo é auxílio...
onde tudo é exílio...
tudo é asilo...
É para onde fujo ao inesperado,
se teus cabelos embaraçados
Caem ocultando o meu impulso...
Eis que aquela porta se fecha
E o gesto que se espera
Vai bem longe à voz que se cala...
Assim é o morrer do desejo que chega...
É como uma boca que ainda lateja
Enquanto essa vontade me mata!