Confesso-me ao vento
Tropeço nos meus próprios sonhos
Inexorável o medo que os domina
Sou eu na fragilidade de um lamento
Um choro ficcionado nos meus olhos
Confesso-me ao vento. É só um cisco…
Já de mim fujo a tempo inteiro
Defraudada sou feita de restolhos
Até a alma desfolhada me abomina
Levito, feita em mil e uma partícula
Sou matéria amorfa, cremada viva
Confesso-me ao vento, meu único amigo