SAUDADE



Altas horas em que me vejo embriagada pela noite tua
a desfalecer de carícias insinuantes de rubra lua
Em que desvelo o sonho d'um momento mágico
em flutuantes estrelas de prateado embaraço

E quando em silêncio mais desejo não recordar
é neste instante que mais presa estou a ti lembrar
No queixume mudo de olhares fartos
no descobrir de afagos, o calor dos teus abraços

E se sentida, a saudade me faz de presença abatida
Não desanimo, faço-me céu intenso de pétalas floridas
a provocar-te na distância, no espaço refletido do querer
que apenas se acomoda em ávidas comportas
no prazer velado de eternamente pertencer.



Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 18/09/2010
Código do texto: T2505892
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