SILÊNCIO DE PRISÃO




Veres o corpo eternamente exausto
como nódoa restrita do extinto passado
na névoa suspensa do espaço, sem traço
essência do abandono desordenado, encarcerado.

Pontos silenciosos, as asas que brotam das mãos
Sendo a sua liberdade a única escravidão
Com suor e com cimento, erguendo o pensamento
Desse instante solitário, viu-se súbito cercado
Convencendo-se do contrário, sofreu por destinado!

Sua primeira agressão...silêncio de prisão!
Com o medo em solidão, se arrastando pelo chão
Em gritos entorpecidos...palavras de maldição
Quem sabe onde vão...? Agigantou-se a razão
deixando romper as lágrimas,a reversa incompreensão

Uma esperança sincera cresceu no coração
Na poetisa de olhos perdidos e o seio na mão.
Na convulsão de lua parindo desilusão
Eis o alívio para sua própria contradição:
A poesia viva, feita de paixão: fios dourados de inspiração!



Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 18/09/2010
Código do texto: T2504935
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