ALVO
Euna Britto de Oliveira
www.euna.com.br
Flechas de fogo, famintas,
Voam em minha direção.
Uma multidão de sim(s)
Que querem dizer – não!–.
Quem pode com a traição?
Estou em estado de Poesia,
Parece estado de graça.
Nada me atinge,
A não ser minha própria sintonia.
Penso no Pai,
Chego pra lá, um pouquinho,
E, sem dizer –ai!–,
O mal passa...
O mal deixa rastro.
Ao longe,
Vejo a fumaça...
O mal deixa resto.
Bem próximo,
Noto uns estragos...
Nada que Deus não conserte,
Com seus amorosos afagos...
Muitos de nossos pecados
Já estão pagos.