ALVO

Euna Britto de Oliveira

www.euna.com.br

Flechas de fogo, famintas,

Voam em minha direção.

Uma multidão de sim(s)

Que querem dizer – não!–.

Quem pode com a traição?

Estou em estado de Poesia,

Parece estado de graça.

Nada me atinge,

A não ser minha própria sintonia.

Penso no Pai,

Chego pra lá, um pouquinho,

E, sem dizer –ai!–,

O mal passa...

O mal deixa rastro.

Ao longe,

Vejo a fumaça...

O mal deixa resto.

Bem próximo,

Noto uns estragos...

Nada que Deus não conserte,

Com seus amorosos afagos...

Muitos de nossos pecados

Já estão pagos.

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 27/09/2006
Código do texto: T250467