O gatilho do acaso

N’um dia claro de sol que brilha amarelo,

O jovem caminha pela sala sozinho,

Os passos sonolentos iam em desalinho,

Até a janela que reluzia dourado.

A poeira de luz que descia do telhado,

Flutuava no facho reluzente do assoalho,

E na parede a sombra de um escaravelho,

Formava-se, na imaginação do garoto,

Estende a mão tentando alcançar o sonho,

O gatilho do acaso dispara na janela,

Tocando-o na fronte, flexiona o joelho,

Seu corpo naufraga numa luz sibilina,

Deitado a cabeça num manto vermelho,

Seus olhos parecem não acreditar no que sonha.

tomb

Tomb
Enviado por Tomb em 17/09/2010
Reeditado em 17/09/2010
Código do texto: T2503883
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