O gatilho do acaso
N’um dia claro de sol que brilha amarelo,
O jovem caminha pela sala sozinho,
Os passos sonolentos iam em desalinho,
Até a janela que reluzia dourado.
A poeira de luz que descia do telhado,
Flutuava no facho reluzente do assoalho,
E na parede a sombra de um escaravelho,
Formava-se, na imaginação do garoto,
Estende a mão tentando alcançar o sonho,
O gatilho do acaso dispara na janela,
Tocando-o na fronte, flexiona o joelho,
Seu corpo naufraga numa luz sibilina,
Deitado a cabeça num manto vermelho,
Seus olhos parecem não acreditar no que sonha.
tomb