Ao instante, o martírio.
Ao instante, o martírio.
Nunca amarás mais que eu,
Mesmo que meu amor um dia se apague,
Jamais sofrerá como sofri,
Mesmo que a dor a invada.
Jamais seras mais esquecida,
Ou até mesmo lembrada,
Na locura vaga que afoga.
Jamais voltaras a provar os mesmos risos,
os mesmos enganos,
e ter que ferir minha face.
Ainda estarás em alguma esquina da vida,
A espera do instante ausente,
Mas por um momento somente,
Provará a brisa acariciando sua face.
E quando a noite consumir o dia,
E a razão rasgar a esperança,
Verás que estes sozinha…como eu estive,
Presa somente as lembranças.
Dos risos meus que existiram em vão,
que nunca mais os verá,
Não sentirás a verdade de minhas palavras,
Ou minha mão quente sobre sua face gelada,
Enxugando as dores que nunca forão divididas.
Sentirás a tenebre ilusão perdida,
E o seu palco tendo as cortinas fechadas,
Estaras sozinha nesta estrada,
Sentindo as mesmas dores que sinto.