Ozônio

É no desfolhar das mansas eras

Que nessa primavera

Vejo embutido o silêncio

Da poeira do asfalto...

Que se dissolve no ar que respiro

E, transpiro os eventos do caos

Que passam na causalidade do tempo.

E as pétalas sublimes dos anos

Murcham com os desenganos...

Consomem-se com o vento!

Pois essa estação romanesca

Não trás a magia de outrora.

O cadavérico aroma nos vem

Dos jardins de flores abortadas

Por flores mal planejadas

No ultravioleta do alem!