Olho o telefone silencioso,
quieto, preguiçoso.
E ele não toca,
provoca
os sentidos inquietos.
Pensamentos incertos
assolam
a mente;
Que mente, desmente
que tudo está bem.
E eu penso também:
Que tudo está bem.
Na sala ninguém,
para ver o meu pranto.
Escondido em meu canto
eu choro sozinho.
Me levanto, caminho,
sem ter onde ir.
Já nem tento sorrir,
o sorriso ensaiado.
Sorriso cansado
de tanto fingir.
De tanto ir e vir,
num eterno partir
para longe de ti.
Meu amor, eu canto sozinho
a canção que um dia
nos fazia sorrir.