Oh! Brava gente!...
Oh! Brava gente!... Que o funéreo vos espera,
Na assombrosa e fatigada mansão sob a terra —
Que o tempo há de chegar!
Tão formosos aparentareis, na lânguida lousa...
Quando molemente penetrareis em vossa cousa —
No veneno — a se afogar!
Certos indolentes, ao vosso redor, dirão: “Falso!...
Excomungado!... Errante!...” Vivereis no cadafalso
Por toda eternidade!
Ó injustos inimigos, que eram amigos do peito!...
Nos mausoléus, pagarão a dor por ter despeito —
Na cruel cavidade.
Oh! Deus meu, quanta injustiça perfilada de fato
Tumultuado, sob o argumento pálido e estupefato
Da celeuma maldita...
Oh! Brevidade no auspício encapuzado ao apelo...,
Defronte aos labirintos esculpidos pelo atropelo —
Quimeras trogloditas!
Olho ao redor; os infames clãs no poço — desvairados...
Olhando a sepultura do pernicioso algoz — resvalados
Na tremenda ironia!
Levado pelos rebanhos — que outrora consagrastes —
Na mor irmandade patriarcal — enquanto prestastes...
Agora — é só agonia!!!...
Paulo Costa
Maio de 2009.