AUTO-CURA

Euna Britto de Oliveira

www.euna.com.br

Uma poesia densa me encobre a alma.

Recobro em taquigramas

O monograma da minha calma.

Tenho fermento nas mãos,

A planta que toco,

Amanhece, cresce, floresce!...

Tanto investimento!

Mas resiste o que é pequeno,

O seu lado de dentro...

Um sopro de liberdade

Evade da flauta de Deus.

Desprende-se

Do ramo

Da árvore

Uma

Folha...

A que deve cair

Aqui e agora!

É solene a queda de uma folha!...

É um recado em verde, marron, amarelo ou dourado;

Aprendido, repetido, reciclado.

Pratico a beleza dos pensamentos e dos sentimentos,

E isso me desenvenena...

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Belo Horizonte, 1992

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 26/09/2006
Código do texto: T250124