DEVANEIO
Numa sensação de febre enluarada
A pele ressentida se arrepia
E um frívolo frenesi se anuncia
Dando ao corpo espasmos de prazer em enxurrada
Todos os sentidos á postos estão
Umedecida a carne exala o cio
Tremores ofegantes em desvairío
Desembocam no prazer como um vulcão
Em desespero as bocas se procuram
Nervosas mãos jeitosamente exploram
Cada milímetro quente da epiderme onde afloram
Tesão, loucura, êxtase e satisfação
Gemendo, teus lábios riem contentes
Teus olhos por mim passeiam fartos
E eu vencido me entrego saciado e grato
Ao delírio no qual o devaneio nos fez ardentes.