Eterna noite
Uma noite fria sem luar
Apenas o frio e a escuridão
A cortar minha carne
Dilacerando todo meu ser
Olho para o céu
E vejo nuvens negras
Olho para o lado
E vejo apenas o vazio
Uma imensidão de nada
Onde habita uma vida sem nada
Vago no vazio escuro da noite
Tenho apenas a sombra ao meu lado
Delírios invadem minha mente atormentada
Vultos, vozes, imagens
Misturam-se na mais completa insanidade
Mas a noite escura ainda não acabou
Continuo minha caminhada
Ao meu lado apenas a morte
Dizendo-me aonde vou
Vejo seu rosto distante
Como o mais lindos dos diamantes
Com uma lagrima nele a cair
No seu semblante
A tristeza ao me ver partir
Viro-me para frente
E continuo a minha caminhada
Deixo-te para traz, oh doce amada
Pois essa estrada escura e sombria
Não é lugar para ti
Pois habito agora em um mundo escuro
Onde a vida não tem forma nem beleza
Onde meus dias são longos
Frios e de eterna tristeza
Vivo nessa escuridão sem fim
Caminho só, com meus delírios
Nessa noite fria sem luar
No coração a dor de te amar
Pois no mundo em que eu vivo
Você jamais poderá entrar.