RECESSO
O poeta se vai,
Não tem sentido
Alinhavar os nós
Do seu destino,
Nas entrelinhas
De versos,
Tão perdidos....
Esmurrar as pontas
Das tais facas
E sangrar a alma
Nos desvios,
É chorar em vão
Os desatinos
É agonizar sozinho,
Nos caminhos.
O poeta se vai
Em desalinho
Qual pedaço de céu
Que se anuvia
Entre o amanhecer
E o fim do dia.
*
("Recesso" faz parte da Antologia do II Concurso de Poesia Amigos do Livro/Flipoços - 2011 -Scortecci Editora)