O véu de Maia

Os sonhos não respeitam o tempo

O tempo para o lúdico

Não conta...

O tempo,

Recebeu de Deus

A incumbência de aliviar-nos as dores

Então vemos aquilo que queremos ver

Somos o que queremos ser...

Numa guerra de inconsciente, verso consciente...

Uma ínfima verdade

O tempo... Ao menos, o nosso tempo

Não existi sem mim

Sem o meu sonhar

O pesadelo, o verdadeiro inferno

É a vida que deu errado

Os naufrágios... As procelas esfacelam-me

Mas posso voar em meus sonhos

E como um pássaro de fogo

Sobrevoar minhas ilusões

E iluminar o escuro que me toma a retina.

Não se pode exigir integridade dos desejos

O egoísmo faz dos mesmos

Setas que atingem nosso amor

Falecendo assim toda a melodia da vida

Meus desejos não respeitam

Meu não tempo

E um homem terno

Envolve-me as lembranças

Revolvendo minha saudade

E choro feito criança

Desamparada pela sorte

Tiro meu rótulo...

Sou o que sou

Perdida como estou

Enamorada pelo sol

Consumida pela paixão

Prisioneira da solidão.

Observadora
Enviado por Observadora em 14/09/2010
Reeditado em 12/09/2011
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