É agora, Maria

E agora, Maria?

não tem mais José

nem teogonia

rompeu-se o anel

da monogamia

e a lua de fel

de parca alegria?

( pois é, quem diria...)

você que é tantas

tão cheia de graça,

agarre-se ao tantra

a vida é trapaça

qual queima de estoque

das Casas Bahia

avance, tropece

(trespasse, Maria)

sozinha no escuro

supere, so-ria

a palavra é prata,

silêncio, de ouro,

a lavra te cobre

( te resta a poesia)

bendita Maria,

que um raio a parta

conceda alforria

declare-se farta:

Liberte-se

(ainda que tardia)

É agora, Maria.

Maria Paula Alvim
Enviado por Maria Paula Alvim em 14/09/2010
Reeditado em 17/09/2010
Código do texto: T2497288
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