De repente...

E busquei o meu olhar de volta,

assim que fugiu, sem que eu percebesse...

Suspiro profundo...numa pausa pra respirar.

Quanta coisa pra lembrar e a memória brincando comigo.

Coisa de amigo, estalando os dedos diante dos olhos,

sem saber a distância do pensamento.

Que momento!...quantos planos levados pela enchente!

E não mais que de repente, a inspiração veio de longe.

Num futuro inalcançável a poesia, que naquele instante,

faria algum sentido.

Momentos atropelados pela falta de experiência, sinais ignorados,

excesso de rotatórias que nos levaram a lugar nenhum.

Assim, de repente...visamos o futuro, desviando-nos do presente,

e ficamos nós, sós, motoristas embriagados pelo teor alcóolico do amor,

no acostamento de algum passado...

OLHOS RADIANTES
Enviado por OLHOS RADIANTES em 14/09/2010
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