De repente...
E busquei o meu olhar de volta,
assim que fugiu, sem que eu percebesse...
Suspiro profundo...numa pausa pra respirar.
Quanta coisa pra lembrar e a memória brincando comigo.
Coisa de amigo, estalando os dedos diante dos olhos,
sem saber a distância do pensamento.
Que momento!...quantos planos levados pela enchente!
E não mais que de repente, a inspiração veio de longe.
Num futuro inalcançável a poesia, que naquele instante,
faria algum sentido.
Momentos atropelados pela falta de experiência, sinais ignorados,
excesso de rotatórias que nos levaram a lugar nenhum.
Assim, de repente...visamos o futuro, desviando-nos do presente,
e ficamos nós, sós, motoristas embriagados pelo teor alcóolico do amor,
no acostamento de algum passado...