MANHÃ


Assim, depois de tudo claro,
As águas rolaram,
Foram à luta.
O sol se ria de tudo,
As folhas balançavam,
O vento veio leve,
Mansinho bateu no rosto.
No chão, rastros de sombras,
Flores, folhas, galhos se protegem,
Do frio vento que mata,
Sem piedade varre a tudo que se pode chamar: Vida!


Brasília, abril de 1978 (Poço Azul, manhã depois da chuva)