no farfalhar dos eucaliptos

poeticamente gerados

ouço passos.

 

passos leves...

 

metrificando conflitos,

vejo-te nos lenhos quebrados

e nos suspiros breves...

são suspiros das freiras consagradas.

 

Dos eucaliptos à rua dos goytacaze,

subo as escadas da Igreja de São Jose.

sempre ao teu lado, contemplo-te o gesto contido

dos sonhos destelhados.

 

Por detrás das saudades,

os horizontes anseiam beleza:

encontram apenas orfandades.

 

Estamos de pé, desconjuntados

e a sepultura jaz esquecida entre lírios e rosas.

 

As folhas não cairam... desprenderam-se

buscando primaveras abatidas:

nossos sonhos serão ternos...

ternos e eternos.

 

Avenca, ó verde avenquinha!

sustenta esplendidamente - e de novo -

a minha doce ilusão.



EVA REIS 
11.Dezembro.1922
15.Agosto.2010

Carlos Fernandes
Enviado por Carlos Fernandes em 13/09/2010
Código do texto: T2495894
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.