no farfalhar dos eucaliptos
poeticamente gerados
ouço passos.
passos leves...
metrificando conflitos,
vejo-te nos lenhos quebrados
e nos suspiros breves...
são suspiros das freiras consagradas.
Dos eucaliptos à rua dos goytacaze,
subo as escadas da Igreja de São Jose.
sempre ao teu lado, contemplo-te o gesto contido
dos sonhos destelhados.
Por detrás das saudades,
os horizontes anseiam beleza:
encontram apenas orfandades.
Estamos de pé, desconjuntados
e a sepultura jaz esquecida entre lírios e rosas.
As folhas não cairam... desprenderam-se
buscando primaveras abatidas:
nossos sonhos serão ternos...
ternos e eternos.
Avenca, ó verde avenquinha!
sustenta esplendidamente - e de novo -
a minha doce ilusão.
EVA REIS
11.Dezembro.1922
15.Agosto.2010