Vivendo Pra Mim
Você se foi,
Partiu quando mentiu que me amou.
Sumiu quando ao meu coração magoou.
Pra mim morreu, foi embora!
E eu, o que faço agora?
Acostumei-me a viver contigo
Apesar dos pesares,
Apesar de não me amares.
Acho que quem muito amou fui eu.
Quem muito ama, não se ama,
Se esquece de si mesmo.
Quem muito ama se engana,
Se perde no labirinto do amor.
E quando acha a saída,
Perde quem lá te trancou.
Mas agora te esquecer me faz bem,
Sem você aprendi muita coisa
Aprendi que o mundo vai muito além
Do tal “eu e você”.
Tirei a dor do peito e joguei fora.
Seus canários cantando eu mandei embora.
E o bem-te-vi é “mal te vi” agora!
E os seus cantos que eu nunca tive,
Mas que imaginava ter,
Já não são os cantos que me farão sofrer,
Pois de agora em diante irei deixá-los de ouvir.
De agora em diante a minha vida é sorrir.
Sorrir pro Sol, sorrir pra Lua.
Sorrir pra mim, sorrir pra rua.
Sorrir pra água, sorrir pro vento,
Sorrir pra fora, pra cima, pra dentro!
Minha vida agora é ser feliz,
É viver pra mim, é viver pra quem diz.
Quem diz que me ama,
Quem diz que me quer,
Quem me mostra a união
Entre o homem e a mulher.
Minha vida agora é simplesmente viver.
Minha vida é gostar
De quem me faz me querer.
Walter Vieira da Rocha, 13 de setembro de 2010 às 14h40