Minha Resposta
Respondo aos tantos que me possam perguntar,
Aos tantos que me possam questionar os valores:
Nada mais sei, como sei escrever. Não existe par,
que me permita substituir as letras, nem amores,
que me aplaquem de melhor maneira as dores,
que sinto a cada momento vivido neste lugar.
Respondo aos tantos que me possam argüir,
que sou assim: como humano, um eterno devir,
como homem, uma taça de defeitos tão atrozes,
como poeta, um amante de mil peitos a se abrir,
por receber mil almas, mil seres, dez mil vozes
gritando: “ame, goze e por favor me escolha
para sentir o prazer das rimas sobre a folha,
que jaz sobre a mesa à frente e aguarda nua
por sua pena, viril e suave a semear versos.”
Respondo aos tantos que me possam perguntar,
então, sobre as razões que me levam à poesia:
“Nada mais sei, como sei escrever, como sei poetar.”.