Chão Estrelado - Labirinto
Às vezes se olha para o céu,
não em busca de estrela.
Em outras buscam um-são,
sem ver o chão
e caem no abismo.
Em desesperanças
ainda busca-se salvação,
no eterno labirinto,
e esquecem que tudo é um vão,
ruptura no infinito,
e finito,
não precisa de unção,
nem da benção.
Necessita de prática,
de experiência;
de mágica produzida,
externada e recriada.
Mas, tudo perdeu-se nessa encruzilhada,
ou nas cruzadas,
que a sombra criou.
O são que se buscava,
foi-se, tornou-se vão.
O que resta é céu estrelado.
Que, mesmo nublado -
sem ser falsa morada,
de falsos magos,
pervertida salvação -
brilha incessante ao acaso,
criando-se caso,
na finitude do outro-labirinto
que se recria no chão.