Atrás da Porta
"...Atrás da porta
coloquei de castigo o impossível...
Enchi os espaços vazios
com o tempo que vi passar
e na febre que trago no corpo
vou queimando o querer ser feliz...
Vagando de um lado para o outro,
amo e repudio mil vezes as mesmas coisas...
Nos relógios parados ou não,
tenho as horas imutáveis,
e dentro desse corpo em febre,
trago um amor guardado em mim...
Observo de olhos vigilantes
que minúsculas estrelas piscam lá do alto,
vivendo da noite escura e silenciosa...
É a esperança de que preciso
mesmo que o cansaço rasteje...
Mesmo que me fuja a razão...
Sonhos esgarçados povoam
minha mente e vontade,
enquanto a lassidão da espera
me traz inícios de visões...
Um grito mudo me acalma.
Sinto a minh' alma resfriada..."