[junto à margem narciso estende a mão]
junto à margem narciso estende a mão
deseja negar a queda
sair do espelho para onde entrara
e ser de novo o que antes fora
mas ninguém o vê
ninguém escuta o seu grito
nada surge na flor do seu olhar
somente sente a água as ervas
as árvores os pássaros
os cavalos correndo na distância
porque o vento embala
em seus braços seu odor
a suave fragrância
de quem vive sem amarras