Ao ver-me distante...
Igual ao voou da águia
Sentindo as análises frias e penetrantes
Do seu inconsciente
Sentimento amiúde
Que me atormenta
As noites mais quentes e dolorosas
Que possa eu sentir...
Acordar de um pesadelo
E não sair
O desespero
Que você sentiu e viu
Dentro do olho do gato
A fava que se alastra
Na relva
Você que consome e some
No ímpeto
De alegria
Fingindo a dor não sentida
Vivendo a vida rendida
E tu que outrora
Desespera e chora
Não mais se lembra
Não mais me atormenta
Não mais se esquenta
Já vou indo...
Saindo...
Fechando a porta...
Trancando todo e qualquer
Resto de esperança
Junto a ti que um dia
Soube plantar toda a alegria
Deixo a ti revolta e ira...
Mais a paz do espírito que
Talvez perdessem
Recobre
Lembranças e se acalme
Sinta!
Reflita!
Saiba que o que sentiu, partiu.
Mais se viveu...
Não morreu,
Dormiu.