Das Permissividades
fui com ela
tratar logo
de permissividades,
coisas assim,
que a vida tira
e põe,
tal qual um bromo.
qual!
assunto genérico
astuto,
ferino,
altamente
contagiante.
diria até:
coisas de nefirite!
dói de alma,
até no pé.
permissividade
não é com ela não;
seu negócio é
felicidade,
sem agressividade,
é amar de acordo
com a idade.
permissividade,
definitivamente,
não!
- se quer
permissividade
vai catar na rua
mulher sem juras,
talvez alguma
dê felicidade
de azurras!
disse a mãe
azucrinada
com esse
negócio
de permissividade.
eu? fiquei
penalizado,
mas queria
permissividade.
mas logo com minha
filha?
- seu tarado!
- não senhora -
disse eu -
só quero
um pouquinho
de permivissidade
pra acalmar
o que vem de baixo
prá cima,
sem penhoras!
e digo: é de
deixar vexadas
e
loucas as
senhoras
ameixadas !
seu tarado,
perverso!
disse a mãe,
vá procura a filha
da ursa,
mas com minha
filha não!
seu herege!
seu poeta...
poeta...
poeta sem verso!
de permisso,
passei à poeta
e não se fala
mais nisso:
entrou por uma
porta
e saiu
numa bela horta!
mas,
permivissidade,
não faço não.
pois lá tenho
mais idade?
sei que trás
felicidade.
mas comigo,
deve ser
só por caridade !