Dama dos velhos sonetos

Do mar recôndito d’alma

Emerge lascivo e venoso

Doce e alva dama

Eia! Febre do mais puro drama

Nos luxuriosos caminhos da noite

Perco-me na voz dela que chama

Imerso no vapor destes velhos sonetos

Eis-me presa de tua trama.

Sonho que inunda a alma carente

Dá vida a imagem dela

Utopia que torna decadente

O poeta que sua imagem vela.

(2000)