Círculos
É tempo de navegar o vento
O vento amigo do vento
O vento que te trouxe
E levará tuas sementes
Em que porto irei deixar
As minhas caravelas
Os meus bastões
Os meus grilhões
Os meus perdões?
Ninguem responderá por ti
Nem mesmo o mar
Nem mesmo o mar
Nem mesmo a ânsia de sonhar
Agora é calma
Que a vida acalma
É doce o silencio
De partir
A alma desenhou um círculo no infinito
E na imensidão de sí mesma
Foi mirar-se no espelho da eternidade.