CANINDÉ
O rio Curú de águas cristalinas e mansas,
Serpenteiam, volteiam, salpicam
as terras da pequena Canindé,
aonde São Francisco é o Santo Protetor.
Naquele rincão nordestino,
Povo temente, valente, a fé no coração entalha,
Faz da crença a vida, seguindo o destino
Louvando ao Senhor na Romaria pela rua da Palha.
Naquelas paragens seu moço
Vó Braga é a matriarca do lugar
A lida é bruta, é chão lavrado sem medo, sem esboço,
Nas fazendas Volta e Angico
Terras do mano Barroso,
É sola de pé que gasta na poeira
É mão que se caleja no agreste,
É a esperança que fica num olhar.
Andrade Jorge
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