CANINDÉ

O rio Curú de águas cristalinas e mansas,

Serpenteiam, volteiam, salpicam

as terras da pequena Canindé,

aonde São Francisco é o Santo Protetor.

Naquele rincão nordestino,

Povo temente, valente, a fé no coração entalha,

Faz da crença a vida, seguindo o destino

Louvando ao Senhor na Romaria pela rua da Palha.

Naquelas paragens seu moço

Vó Braga é a matriarca do lugar

A lida é bruta, é chão lavrado sem medo, sem esboço,

Nas fazendas Volta e Angico

Terras do mano Barroso,

É sola de pé que gasta na poeira

É mão que se caleja no agreste,

É a esperança que fica num olhar.

Andrade Jorge

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ANDRADE JORGE
Enviado por ANDRADE JORGE em 25/09/2006
Reeditado em 05/03/2024
Código do texto: T248813
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