DEVANEIOS QUE ME LEVAM

É devaneio pensar

Que na eternidade d'um beijo

No momento um feixo no alento da chama

Do inverso d'um drama

Se manifeste como dia

Tão claro em peito vivo

Rasgue em minha alma um vento

Que se cala, espalha

No tempo subterrâneo, faiscando paixão.

No passar das águas brandas

Corre um sentimento

Daquele parapeito firmamento

Tão longe silêncio águia solidão

Quão infinito da gente

Sem razão de brilhar, traduz luar...

Imenso vazio doce e aconchegante

Morada triste sem chão.

Pátria fugaz, delirante mar

Do infinito raso

Não adianta esta maneira de culpar-me

Ociosa mas poética de lhe cativar

Nobre, comum e ainda mais rara

De se atirar..

Se o sol como o mar vão retornar

Você na minha rua

Como a poesia na alma

Não deixará de passar...

BARUC
Enviado por BARUC em 09/09/2010
Código do texto: T2487972
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.