Curvo-me...
ante a beleza das águas
sem pausas,delizam, tocam-me
suspiram em cascatas nas pedras
como as chuvas que regressam
pela boca da noite...
lançam se desperadas,
em fúria , se jogam
abrandam suaves quedas, espumas
lago num tempo extenso
onde num tempo grande me estendo...
olho o verde que circunda
os braços famintos das árvores
respiro a hora profunda
desde os picos da lua
até o grito do verso, da alma
em mim,... acontecer !
09/09/2010