Outonais & Primaveras

Quedo pelo Maio que se foi,

Entre as labaredas de afrescos

E o vestal das folhas caídas

Que pairam na frígida manhã

Resto destes invernos surdos

Oriundos daquele pólo abaixo

Vergas outra baleia que passa

Fraciona o consorte longe da praia

Marta que desliza o bosque

Transgênica a mata em breu

Ourives das lágrimas em lata

Vestuto mar de dentro, afoito,

Termas para novos beijos

No calor que te espera agora

O inseguro primeiro beijo

Na cálida boca, afaga...

Face em rubores distintos

Vergo o olhar adiante

Entre som da bala que se cala

O tremor distante que oculta

Cá tão longe destas guerras

Prega o outono invernal

A espera desta primavera.

Lancei amarras neste Porto,

enquanto o coração

dilata por tua ausência.

Espero voltar os olhos para o bom da vida!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/09/2006
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