Outonais & Primaveras
Quedo pelo Maio que se foi,
Entre as labaredas de afrescos
E o vestal das folhas caídas
Que pairam na frígida manhã
Resto destes invernos surdos
Oriundos daquele pólo abaixo
Vergas outra baleia que passa
Fraciona o consorte longe da praia
Marta que desliza o bosque
Transgênica a mata em breu
Ourives das lágrimas em lata
Vestuto mar de dentro, afoito,
Termas para novos beijos
No calor que te espera agora
O inseguro primeiro beijo
Na cálida boca, afaga...
Face em rubores distintos
Vergo o olhar adiante
Entre som da bala que se cala
O tremor distante que oculta
Cá tão longe destas guerras
Prega o outono invernal
A espera desta primavera.
Lancei amarras neste Porto,
enquanto o coração
dilata por tua ausência.
Espero voltar os olhos para o bom da vida!
Peixão89