Solidão...

São meus!

Os abraços não dados,

Os beijos inventados,

Os séculos de ausência...

Os versos escritos e queimados,

A não paixão de outro amado,

O vôo sem asas.

A agonia no som das horas,

A muda voz de uma boca que chora,

O peito frio do sonho iludido,

Uma estrela sem céu.

Uma taça sem água,

A morta violeta desfolhada,

A chuva a espedaçar.

A imaginação dissipada,

O soluço do aflito.

Meu nome é Solidão...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 09/09/2010
Código do texto: T2486838
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