Solidão...
São meus!
Os abraços não dados,
Os beijos inventados,
Os séculos de ausência...
Os versos escritos e queimados,
A não paixão de outro amado,
O vôo sem asas.
A agonia no som das horas,
A muda voz de uma boca que chora,
O peito frio do sonho iludido,
Uma estrela sem céu.
Uma taça sem água,
A morta violeta desfolhada,
A chuva a espedaçar.
A imaginação dissipada,
O soluço do aflito.
Meu nome é Solidão...